Principalmente depois da tragédia em Brumadinho as barragens em Minas Gerais ficaram bastante em evidência, especialmente pelos riscos que cada uma pode apresentar. Então vamos ver um panorama e tentar entender melhor qual a situação atual.
Nos últimos cinco anos Minas Gerais passou por duas tragédias relacionadas ao rompimento de barragens – em novembro de 2015 em Mariana, na região central do estado; e em janeiro de 2019 em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. E mesmo com estes exemplos moradores ainda convivem com medo e riscos de novas rupturas.
E tudo indica uma situação realmente preocupante, já que de um total de 698 barragens cadastradas em Minas Gerais, 33 foram interditadas recentemente pela Agência Nacional de Mineração, sendo o estado com maior número de interdições.
A Vale é a empresa com maior número de barragens interditadas, com um total de 16 reservatórios interditados. Segundo a mineradora já estão sendo tomadas medidas para aumentar a segurança nestas barragens. Por nota foi informado que estão sendo realizadas inspeções e monitoramentos constantes nas obras.
Barragens Interditadas
Barragem de Rejeitos (Arcelormittal Mineração Serra Azul S.a.)
Barragem B1A IpêMG (Emicon Mineração e Terraplenagem LTDA)
Dique B3 IpêMG (Emicon Mineração e Terraplenagem LTDA)
Dique B4 IpêMG (Emicon Mineração e Terraplenagem LTDA)
B3/B4 (Minerações Brasileiras Reunidas Sa Filial: MBR Paraopeba)
Barragem B1/B4 (Mosaic Fertilizantes P&K S.A. – Araxá)
Barragem II Mina Engenho (Mundo Mineração Ltda)
Barragem Mina Engenho (Mundo Mineração Ltda)
BARRAGEM B2 AUXILIAR (Nacional Minérios Sa)
Pontal (Vale S A Vale Itabira)
Forquilha I (Vale S A – Vale Itabiritos)
Forquilha II (Vale S A – Vale Itabiritos)
Forquilha III (Vale S A – Vale Itabiritos)
Grupo (Vale S A – Vale Itabiritos)
Maravilhas II (Vale S A – Vale Itabiritos)
Marés II (Vale S A – Vale Itabiritos)
Campo Grande (Vale S A – Vale Mariana)
Doutor (Vale S A – Vale Mariana)
Sul Inferior (Vale S A – Vale Minas Centrais)
Sul Superior (Vale S A – Vale Minas Centrais)
I (Vale S A – Vale Paraopeba)
VI (Vale S A – Vale Paraopeba)
B (Vale S A – Vale Vargem Grande)
Vargem Grande (Vale S A – Vale Vargem Grande)
Barragem Rejeitos (Extrativa Metalurgia S.A)
Barragem Dique 2 (Minar Mineração Aredes Ltda)
Barragem Minar (Minar Mineração Aredes Ltda)
Barragem Central (Mineração Usiminas S.A)
Barragem Mina Oeste (Somisa) (Mineração Usiminas S.A)
Barragem Samambaia 0 (Zero) (Mineração Usiminas S.A)
Dique Oeste (Mineração Usiminas S.A)
Capim Branco (Mineração Brasileiras Reunidas SA – MBR Paraopeba)
Riscos de Rompimento
As barragens são classificadas em três níveis de risco, segundo critérios internacionais de classificação. Porém, a declaração de estabilidade de uma obra é realizada pelas próprias mineradoras.
Nas auditorias são realizados estudos geotécnicos, hidrológicos e hidráulicos, análises visuais, avaliações das condições de construção, entre outros pontos como estabilidade física. Ou seja, depois de avaliar diversos requisitos, no momento da realização da auditoria, não existe risco iminente de rompimento.
Dentre as barragens interditadas, três delas – Forquilha I e Forquilha III, em Ouro Preto, na região Central do Estado; e Sul Superior, em Barão de Cocais, na mesma região, estão no alerta de nível 3, que significa risco iminente de rompimento.